As SETE exigências de carácter na Opus Angelorum
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As sete exigências de caráter na Opus Angelorum são marcas, sinais que distinguem os membros da O.A, dos demais membros da Santa igreja. Essa distinção não visa um “ser-melhor”, mas, unicamente, um “ser-servo” de Deus, pois essas exigências nos moldam para podermos agir como e com os Santos Anjos, servos fiéis, para a glória de Deus e salvação das almas.
Todo aquele que deseja tonar-se membro da Opus Angelorum, isto é, que deseja viver mais intimamente com os Santos Anjos, receberá deles (dos Santos Anjos) esse apelo septiforme, que se tornará, nas almas dóceis ao Espírito Santo, uma irradiação salvífica e sétupla.
“Essas características são exigidas pelos Santos Anjos, quando o homem, através da consagração a eles, se coloca à disposição dos coros celestes e é acolhido por eles em suas fileiras.”
– Carta da Mãe Gabriele aos membros da O.A
Essas exigências de caráter devem, acima de tudo, serem demonstradas pela maneira de viver dos membros da Opus Angelorum. Elas são:
A fidelidade
Na provação, os Anjos separaram-se primeiro em Anjos fiéis e Anjos infiéis. Deste modo, a fidelidade é a característica mais antiga dos Anjos. Por isso, a fidelidade deve ser o fundamento mais profundo de todos os membros da Obra dos Anjos.
A fidelidade deve ser mantida
- para com Deus
- para com a Santa Igreja
- para com a Obra dos Anjos
- e todos os seus membros.
No conceito Deus incluem-se Maria e todos os Anjos e Santos.
A fidelidade deve começar com os pensamentos. Com uma severa autodisciplina, deve-se evitar toda crítica depreciativa de outra pessoa tanto em pensamentos quanto, e mais ainda, em palavras. Se alguém vos faz uma pergunta, tendes de responder exatamente como Maria, como o vosso Anjo da Guarda responderia.
A humildade
Significa viver de bom grado e com alegria; deve ser uma alegre coragem para servir. Deve ser um alegre “sim”, um “adsum” (“aqui estou”) em todas as provações e aparentes injustiças. Deve ser uma clara declaração de guerra
- contra desconfiança,
- contra ciúme e inveja,
- contra suscetibilidade,
- contra todo guardar rancor,
- contra todo querer saber melhor e ser melhor,
- contra toda frieza do coração.
Ela deve sempre estar acompanhada de
- prontidão para ajudar,
- espírito de alegria,
- fortaleza,
- confiança.
Todo e qualquer orgulho – enquanto contraria a humildade, ainda que ele se manifesta apenas em mau gênio – deve ser punido logo e severamente.
A obediência
Deve ser fundamentada no Espírito Santo. Não basta dar a aparência exterior de se submeter (e no interior ter pensamentos de rebeldia, de crítica depreciativa, de busca de desvios ou de sede de vingança), pois a obediência tem como meta a unidade coesa e a concentração da força propulsora.
Por isso, deve-se obedecer também quando contraria o próprio entendimento, e a graça da humildade unir-se-á com a graça da obediência e fará com que a ordem resulte em bem. O Senhor não quer máquinas mudas, mas almas totalmente entregues a Ele que por causa d’Ele, com total pureza-sinceridade, seguem os Anjos com a disciplina do exército ordenado.
O amor
Ele é o centro, como a cruz está no centro e o Senhor e Sua Mãe.
Assim, a começar pelos pensamentos, o amor deve em vós sempre estar no centro, como o coração. A nada deveis dar mais atenção do que ao amor em cada pensamento, em cada palavra, em cada ato. Numa breve meditação, diariamente se pense no amor do Senhor no Pão e no amor da Mãe sob a cruz, se possível após a Sagrada Comunhão. Esta meditação deve, aos poucos, tornar-se uma obrigação.
O silêncio
O que se fala deve ser falado com amor; mais ainda, porém, deve-se silenciar com amor, nunca por rancor ou teimosia ou sede de vingança ou falsidade. O silêncio deve verdadeiramente ser santo. O homem na Obra dos Anjos deve poder falar no silêncio. Deve poder silenciar interiormente; deste modo, pode esvaziar-se para a voz do Senhor, para escutá-la, tornar-se vazio e pronto para receber os tesouros de graça que, no silêncio, vão encher o seu coração.
A medida
A medida é a ordem da própria vida interior bem como a ordem em toda a Obra. A medida deve começar pela vida interior ordenada e deve, através da Obra, crescer para dentro da medida do Reino de Deus no Céu e na terra. A medida não deve equivaler a nivelamento nem a mesquinhez; a medida deve ser adaptada à força máxima no homem e na Obra. A medida é o fundamento da pureza-sinceridade, da tranquilidade, da clareza e da santidade; pela medida se reconhece a grandeza do homem e da Obra.
Maria
Como na fidelidade se encontra a fortaleza e a fé, como na humildade se encontra o conhecimento de Deus e a confiança, como no amor se encontra a entrega e a justiça, como no silêncio se encontra a fonte de força e a tranquilidade, como na obediência se encontra a sabedoria e a essência simples, como na medida repousa a pureza, santidade e ordem, assim se encontra na imitação de Maria a imitação de Cristo. Cada um na Obra dos Anjos deve ser mariano até as últimas consequências e não desviar-se nem um pouquinho das pegadas do Senhor.
A imitação de Maria se encontra no ser serva até as últimas consequências, na fidelidade, na obediência, no silêncio. A imitação de Maria é […] santa renúncia. A santa renúncia se chama: Dar a Deus por amor.