Consagração a Todos os Santos Anjos

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Na Antiga Aliança, DEUS mesmo confiou o povo de DEUS aos cuidados dos Santos Anjos (cf. Ex 23,20s; Dn 10,13.21; 12,1). Como Príncipe dos exércitos celestes, o Arcanjo São Miguel foi reconhecido como protetor especial do povo de DEUS (cf. Dn 10,21; Ap 12,7s).

Na Igreja, a veneração ao Arcanjo São Miguel remonta até o primeiro século. Desde os primeiros tempos também os outros Santos Anjos foram venerados. Dentro em breve foram-lhes dedicadas igrejas e o povo de DEUS foi colocado sob a sua proteção e patrocínio.

Quando, depois do Concílio de Trento (1545-1563), prosperaram as consagrações ao Coração de JESUS e a Maria, em muitos lugares houve também consagrações aos Santos Anjos. No século XIX, esta consagração veio a ser um prática de devoção largamente difundida e reconhecida. Várias associações ligaram a recepção dos seus membros a tais consagrações. A Igreja promoveu tais confrarias em honra dos Santos Anjos e reconheceu suas orações de consagração.

Na consagração aos Santos Anjos exprime-se a unidade da Igreja peregrinante e triunfante. Santo Agostinho escreve: “Estas duas partes um dia também serão unidas no gozo comum da eternidade, até, já estão unidas pelo laço do amor, uma união que não tem outra finalidade a não ser o culto de DEUS” (Enchiridion, cap. XV). E no Catecismo lemos: “Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em DEUS” (Cat., n. 336).

A consagração aos Santos Anjos é uma aliança.
Aquela comunhão com os Santos Anjos que é realizada implicitamente no Batismo, é confirmada pela consagração, de modo consciente e explícito.

O homem confia-se, em amor fraterno, aos Santos Anjos quais irmãos inteiramente santos, já definitivamente unidos a DEUS, e co-servos diante de DEUS (cf. Ap 19,10; 22,9). Com isso abre-se voluntariamente à ação auxiliadora deles. Ao mesmo tempo, o homem compromete-se a ouvir e obedecer a suas advertências (cf. Ex 23,21), que sempre têm como fim a glorificação de DEUS e o cumprimento da Sua vontade. Ele aspira a uma íntima colaboração com eles, para a extensão e defesa do Reino de DEUS na terra, e a uma vida o quanto possível perfeita como membro vivo da Santa Igreja.

Uma consagração aos Santos Anjos leva a sério a sua missão salvífica para com os homens, como servos de CRISTO (cf. Cat., n. 331). Ela significa uma ligação voluntária aos Santos Anjos, para, com seu auxílio e imitando-lhes as virtudes, aspirar à perfeição que corresponde ao próprio estado, e, em comunhão com eles, cooperar na missão apostólica da Igreja para a salvação das almas.

Pela consagração a Maria o homem realiza todas as ações por, com e em Maria, para realizá-las mais perfeitamente com e em CRISTO. Algo semelhante pode valer também para a consagração aos Anjos: o homem aspira a fazer tudo, o mais possível, como os Santos Anjos e com eles, para ser unido mais perfeitamente com CRISTO e ser transformado n’Ele.

Após ter realizado a Consagração ao Anjo da Guarda, é possível dar um passo adiante e iniciar uma formação para a Consagração a Todos os Santos Anjos. Qual é a diferença? Enquanto a Consagração ao Anjo da Guarda é voltada principalmente para a nossa própria santificação, a Consagração a Todos os Santos Anjos exige um compromisso em trabalhar pela salvação das almas por meio da oração e do sacrifício.

Na Consagração a Todos os Santos Anjos, “suplicamos a ajuda dos santos anjos e, por nossa vez, colocamos nossa força, nossa disposição e nossas habilidades à sua disposição, permitindo-nos ser conduzidos na batalha pelo Reino de Deus e pela salvação das almas.” (Estatutos da Opus Sanctorum Angelorum)

Devemos desejar entrar cada vez mais no serviço de Deus e da Igreja em união com os santos anjos, amá-los de todo o coração, para que assim nos tornemos mais abertos a Deus. Dessa forma, guiados pelos anjos, nossas mãos poderão tornar-se cada vez mais as mãos da Mãe Celeste, as mãos do próprio Senhor.

Após a Consagração ao Santo Anjo da Guarda é preciso esperar um ano com a finalidade de se aprofundar na mesma, só depois se pode fazer o pedido para iniciar a preparação para a Consagração a Todos os Anjos que consiste num período de 24 meses recebendo mensalmente uma carta de formação.